Análise
por EDULOG
2 de maio de 2018 |
Nos últimos 20 anos, a escolaridade da população aumentou nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE ). De 1995 a 2016, a população, entre os 25 e os 64 anos, sem o ensino secundário diminuiu: de 40% para 22%. Neste período, a percentagem de indivíduos com o ensino superior aumentou de 20% para 36%.
O ensino superior é, agora, o nível de escolaridade mais comum, em cerca de metade dos países da OCDE, ultrapassando o 3.º ciclo, o ensino secundário e o pós-secundário não superior. Apesar da expansão em massa do ensino superior, a taxa de emprego para quem tem um diploma ainda é maior do que para quem não tem.
De acordo com o relatório “Is labour market demand keeping pace with the rising educational attainment of the population?”, de dezembro de 2017, “o aumento da escolaridade da população acompanha as novas exigências educativas do mercado de trabalho”.
Em muitos países da OCDE, o progresso tecnológico e a contínua globalização estão a polarizar o mercado de trabalho, alerta esta organização internacional. Empregos altamente qualificados e bem pagos, surgem a par de empregos pouco qualificados e de baixa remuneração. Entre 1995 e 2015, os empregos altamente qualificados e os pouco qualificados presenciavam um crescimento de cinco e dois pontos percentuais, respetivamente. Contudo, o emprego de qualificação média decrescia sete pontos percentuais.
No mundo do trabalho, as perspetivas de emprego são melhores para quem tem mais escolaridade. Em média, em todos os países da OCDE, apenas 57% dos indivíduos entre os 25 e os 64 anos que não completaram o ensino secundário estão empregados, em comparação com 75% dos que têm o ensino secundário. Quem tem um diploma superior tem as melhores perspetivas de emprego: a taxa de emprego dos graduados ascende a 84%, em média, nos países da OCDE.
Apesar do aumento do número de diplomados do ensino superior, a vantagem na empregabilidade das pessoas altamente qualificadas permanece estável. Comparando as taxas de emprego relativas aos diferentes níveis de ensino, a OCDE mostra, por exemplo, que em 2016, os indivíduos com diploma superior tinham, em média, 13% mais probabilidade de ter emprego do que os indivíduos com o ensino secundário ou pós-secundário não superior. No mesmo ano, a taxa de emprego dos indivíduos que não tinham o 12.º ano foi 24% menor do que a taxa de emprego dos detentores do ensino secundário ou pós-secundário não superior.
O ensino secundário é, frequentemente, considerado o nível de educação mínimo para entrar no mercado de trabalho, em todos os países da OCDE. Contudo, a vantagem de ter um curso superior quando se trata de obter emprego varia de país para país. Por exemplo, é muito maior na Grécia, onde as taxas de emprego são das mais baixas, do que na Islândia, onde as taxas de emprego são das mais elevadas. De modo geral, a vantagem ao nível do emprego para indivíduos com ensino superior é menor nos países onde a percentagem de indivíduos com o ensino secundário é alta; o mesmo não acontece em relação aos indivíduos sem o 12.º ano.