Ensino Superior

5 recomendações

Do que se fala quando se fala de educação doutoral? As perspetivas das universidades e dos doutorandos portugueses

Do que se fala quando se fala de educação doutoral? As perspetivas das universidades e dos doutorandos portugueses

O estudo "Do que se fala quando se fala de educação doutoral? As perspetivas das universidades e dos doutorandos portugueses" teve como objetivo conhecer, para o caso Português, o que constitui a educação doutoral, tanto na perspetiva das universidades, como na dos estudantes de doutoramento/doutorandos. Procedeu-se ao mapeamento da oferta de educação doutoral em Portugal e à análise das perspetivas das universidades e dos doutorandos sobre a educação doutoral.

Recomendações

Janeiro 2022

  1. A educação doutoral deveria proporcionar uma formação de carácter mais inter, trans ou multidisciplinar, permitindo o contacto dos doutorandos com paradigmas teóricos, metodológicos e empíricos provenientes de várias disciplinas.

  2. Seria relevante que a educação doutoral adquirisse um pendor mais colaborativo, materializado de duas formas: por um lado, através da possibilidade de a investigação doutoral ser desenvolvida no contexto da colaboração com equipas de investigação, quer externas aos programas doutorais, quer à própria academia; por outro lado, através do envolvimento dos doutorandos em atividades de investigação e/ou publicações não circunscritas apenas ao seu trabalho doutoral.

  3. Deveria promover-se uma maior diversificação dos programas doutorais, orientados por propósitos múltiplos e distintos dos do doutoramento de investigação (ex. doutoramento industrial, doutoramento profissional, doutoramento orientado para a prática).

  4. Seria relevante que a educação doutoral possibilitasse a aquisição de competências além das competências tradicionais de investigação. Tal como sugerido pelos doutorandos, estas competências ‘adicionais’ poderiam ser promovidas no âmbito de ações de formação específicas.

  5. Seria importante que o grau de doutoramento pudesse permitir uma empregabilidade mais ampla e diversificada, menos circunscrita à academia, emergindo como extremamente importante neste contexto uma maior abertura do mercado de trabalho à contratação de doutorandos.