Estudos
por EDULOG
17 de abril de 2017 |
Há cada vez mais tecnologias nas escolas. Computadores, acesso à Internet, equipamentos ao dispor de alunos e professores. No relatório “Modernização Tecnológica das Escolas 2014/2015”, publicado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e da Ciência (DGEEC), ficamos a perceber que recursos existem nas escolas públicas e privadas, do pré-escolar ao ensino secundário.
A distribuição de recursos tecnológicos difere entre público e privado, como mostram os dados recolhidos no inquérito realizado anualmente nas escolas. No ano letivo de 2014/2015, o período em análise no relatório da DGEEC, no ensino público a maior parte dos computadores estava no 3.º ciclo; no ensino privado, financiado pelo Estado, havia mais computadores no pré-escolar e no ensino privado independente, a maioria dos computadores estava no ensino secundário.
Vamos aos números. Contabilizam-se 436 870 computadores no ensino regular básico e secundário, em Portugal Continental: 369 401 estavam no público, 21 574 no privado dependente do Estado e 45 895 no privado independente.
Tomando como referência o ensino público, a informação recolhida junto das escolas mostra quais os níveis de ensino com mais equipamentos. Assim, a maioria dos computadores, 121 353, estava no 3.º ciclo, seguindo-se 96 298 no secundário, 75 898 no 2.º ciclo, 56 574 no 1.º ciclo e 19 278 no pré-escolar.
No ensino privado dependente do Estado, ou seja, que é financiado em 50% por organismos estatais, a distribuição difere. Dos 21 574 computadores existentes, a maior parte, 12 169, estava no pré-escolar, outros 3 874 no 3.º ciclo, 2 392 no secundário, 2 310 no 2.º ciclo e 829 no 1.º ciclo.
Relativamente à distribuição de computadores, por ciclos de ensino, nas escolas privadas independentes, é no secundário que se encontram a maioria dos equipamentos: 22 806 do total contabilizado de 45 895. Os restantes equipamentos distribuem-se assim: 7 604 no pré-escolar, 7 121 no 1.º ciclo, 5 739 no 3.º ciclo, e 2 625 no 2.º ciclo.
O relatório da DGEEC revela ainda que 36% dos computadores existentes estavam em escolas com um número de alunos entre os 500 e os 999; 35% em escolas com 100 a 499 alunos, 19% em escolas com mais de mil alunos e 10% com menos de 100.
Também neste indicador se encontram variações entre o ensino público e privado. A maior percentagem de computadores no ensino público, 41%, estava em escolas onde estudavam entre 500 a 999 alunos, 33% em escolas com entre 100 e 499 alunos, 19% com mais de mil e 7% com menos de 100.
No ensino privado, 56% dos computadores estavam em estabelecimentos com 100 a 499 alunos, 20% em escolas com menos de 100 alunos, 12% com entre 500 e 999 alunos e 12% em escolas com mais de mil alunos.
Além de contabilizar o número de equipamentos, a DGEEC quis perceber para que eram usados. A conclusão foi que, do total dos computadores, 84% eram utilizados para fins pedagógicos e 16% para uso administrativo. Quanto ao tipo de equipamento, 83% eram computadores de secretária e 17% portáteis.
Novos ou antigos? Dos 436 870 computadores contabilizados em Portugal Continental, 248 403 tinham mais de três anos de atividade e 188 467 três ou menos. Outros dados mostram, por exemplo, que dos 366 202 computadores ligados à Internet, 307 925 destinavam-se a fins pedagógicos e 58 277 para fins administrativos. E que em 53% das escolas públicas e privadas do pré-escolar e ensino não superior não estavam equipadas com quadros interativos. Dito de outro modo: 4 500 escolas não dispunham desse recurso, enquanto 3 939 sim.
Apesar do levantamento exaustivo sobre o total de computadores, que resulta de um questionário eletrónico relativo aos recursos tecnológicos existentes nas escolas, o relatório da DGEEC nada diz sobre os recursos alocados em escolas de ensino profissional e centros de emprego e formação, instituições tuteladas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.